quarta-feira, 20 de maio de 2009

Quarta, nem tanto assustadora...




- Corre!

- Por quê?

- Depressa! Ele vai nos alcançar!

- Quem?

- Não pára! Continue a correr!

- Mas...Por quê?

- Depois te explico! Não pare! Corre! Corre!

- De que tem medo?


De que tenho medo? Por que tenho medo? Droga. Não gosto disso! O medo me deixa elétrico, impaciente. Posso afimar que hoje sou menos medroso do que antigamente. Mas, continua as perguntas: De que tenho medo? Por que tenho medo? Não sei. É tudo muito vago.

- Em? Você não me respondeu! O que te aflige?
- Não percebe?
- Não me diga que foi o filme de espíritos que a gente viu ontem!
- Acho que não. Os espíritos para mim existem mas, acredito que eles não possuem a capacidade de nos machucar, da mesma forma como não os atingimos. Portanto, não são eles a causa do meu medo.
- Entendo. Então, o que pode ser?
- Algo que, realmente, nos atinja, nos prejudique e nos faça sofrer.
- Seja mais específico! Quem vai nos alcançar?
- Pense você! Estamos em uma encruzilhada, é inivitável! Querendo ou não querendo estamos sujeito a esse medo, a esse mal.
- Então não é uma pessoa?
- Não, são várias!
- Não entendo!
- Como não? É tão simples! Aqueles que me assustam não são fulanos, homens ou mulheres, mas sim o ser humano como um todo! Cada dia que passa me surpreendo com as ações dos nossos semelhantes. Como pode o ser mais inteligente agir de forma ignorante e cruel? Medo. Medo de como será a vida de meus filhos daqui pra frente, ou até de como eles serão. Não se sabe. Sabe-se, apenas, que se assim continuar, o mundo não vai durar por muito tempo. A tendência é piorar. E só cabe a nós decidirmoso rumo do nosso futuro. Tenho medo. Muito medo.

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