sábado, 11 de julho de 2009

Risque e rabisque...



O lápis dançava sobre o papel deliciosamente, de forma a deixar seus rastros por onde passava. Todo aquele movimento clássico seguido de rabiscos suaves geravam no papel o mais perfeito desenho. Não era um desenho qualquer, ou copiado. Era algo original. Inspirado em toda a vontade de se expressar. Expressar de forma metafórica todo o sentimento que o desenhista possuia.

E, com paciência, tempo e delicadeza a obra-prima estava pronta. Não era apenas um desenho. Era um portal. Um portal para o subconsciente de um ser, para um mundo onde a imaginação não tem limites.

Possuir um mundo nosso não é difícil. Imaginar e fantasiar é o que mais fazemos. Cada pessoa tem um universo só seu, e é neste lugar onde a maioria delas se refugiam. O desenho, o teatro, a arte em geral é a forma de trazer um pouco desse mundo individual para o mundo real. Mas, poucas as pessoas gostam de se expor.

Apesar de tudo isso vejo um defeito no ato de fantasiar. Um único defeito, mas de grande proporção. Algumas pessoas ficam muito envolvidas neste refúgio, obnubilando-se da verdadeira realidade. Viver nas nuvéns é bom, mas manter os pés no chão é importante.

Abuse deste seu dom, mas não se prenda a ele, há outros que você deixa de adquirir devido a essa pseudo auto-suficiência.

Crack!

E a ponta do lápis é arremessada, à toda velocidade, para longe do papel.

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