quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sabor morango...

Sorrisos, olhares tímidos, suspiros, cochichos. Sentados em mesas bem próximas, vez ou outra nossos olhares se cruzavam. Interessante. Olhos castanhos claros que, ao enxergarem os meus acelerava meus batimentos cardíacos. As mãos tremiam, um misto de prazer e medo. Queria chamar pra conversar, perguntar o nome. Me faltou coragem. Minhas pernas me expulsavam a me prendiam à cadeira, de forma bem paradoxal. O nervosismo tomava conta. E se for fruto da minha imaginação? Quem me garante que estava mesmo sendo notado? Levantei por fim, mas não fui em direção à mesa que, talvez, me convidava. Fui em direção ao banheiro.

Ao voltar, lá estava. No mesmo lugar, com o mesmo olhar. Ah! A vontade de conhecer preenchia o meu eu. Queria conversar e descobrir, pelo menos o nome de quem possuía aqueles olhares tão furtivos que me atraíam incomensurávelmente. Lindos olhares. Discretamente me pus a admirar os traços daquele rosto. Sobrancelhas expressivas que davam todo o poder à aqueles olhos tão translúcidos. O sorriso grande que preenchia aqueles lábios bem desenhados. Ah! Que lindo. Lindo rosto.

Nossos olhares, então, se cruzaram mais uma vez. Ficamos uns segundos nos encarando e eu não consegui me conter. Despreendeu-se dos meus lábios um sorriso tímido. Como resposta, retribuiu meu sorriso e ergueu as sobrancelhas amavelmente. Ah! Fiquei abobado. Enquanto, naquele instante, uma estranha alegria dominava meu eu. Aqueles olhares acompanhados de um lindo sorriso vinham em minha direção.
- Posso me sentar? - disse.
- Claro! - respondi.

Puxou uma cadeira e sentou-se ao meu lado. Nos admiramos discretamente à medida que o diálogo ia se desprendendo. Que agradável. A naturalidade como tudo aconteceu, os assuntos das conversas, as músicas de fundo, tudo. Tudo estava em harmonia com a companhia, adorável companhia que estava sentada ao meu lado.
Novamente, porém dessa vez mais próximos, nossos olhares se econtraram. Nossos lábios encerraram o assunto para, enfim, se tocarem. Beijamos. Ah! Que beijo bom. Minha boca em contato com a sua parecia se completar. Um beijo na medida, em perfeito equilíbrio harmônico. Mal sabia eu que, seu doce beijo não saíria da minha cabeça. Um beijo com gosto de morango. Sei que você mascava um Trident com este sabor, mas não importa, ele sempre vai ter gosto de morango pra mim. Todas as vezes que eu te beijei depois deste primeiro. Todas as vezes, até hoje, o seu beijo sempre teve gosto de morango.
Foi assim que eu te conheci, foi assim que você começou a me marcar. O rumo que nossa história vai tomar é cedo de mais pra precisar. Mas uma coisa eu tenho certeza, independente do que aconteça, nunca esqucerei do seu belo sorriso, do seu olhar marcante e do seu beijo sabor morango. Porque são essas pequenas coisas, esses pequenos significados que constituem e marcam o meu pequeno grande coração.

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