domingo, 13 de junho de 2010

Sobre um despertar

Onze horas da manhã. Acordamos. Nossos olhares se cruzaram como se precisássemos do brilho um do outro pra nos mantermos vivos na penumbra do quarto onde nos encontrávamos. Sorrimos como se fizéssemos um convite para deitarmos juntos, aquecendo-nos na manhã fria de domingo. Levantou e se juntou à mim, me abraçando. Apertarmos-nos como uma criança aperta seu ursinho de pelúcia quando sente medo do escuro. Ao nos soltarmos, inclinei sua cabeça como se algo estivesse acontecendo.
- Que foi?
- Vem cá - respondi pegando a sua cabeça e colocando-a sobre o meu peito com a intenção de mostrar-lhe o som ritmado do meu coração. - Ele tá falando com você...Tá ouvindo?
Fez que sim com a cabeça prestando muita atenção nas batidas que meu coração fazia sobre o meu peito.
- Tá dizendo "eu te amo" em código morse...
Inclinou a cabeça para me olhar. Sorrimos. Os olhos brilharam ainda mais intensos. Nos beijamos. E aquele beijo tão bom quanto todos os que vieram antes e depois dele tornaram-se mais um complemento para nossos corações que se pertenciam. Pra sempre...
Tum tum.
Tum tum.
Tum tum.

Um comentário:

  1. Lindo texto. Às vezes, não é preciso das palavras banais para algo ser dito. Um gesto significa muita coisa.

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