domingo, 16 de maio de 2010

O que não cabe em mim...


Os olhares se cruzaram. Ficaram estacionados como para ler a alma um do outro. Meus lábios sorriram automaticamente. Retribuiu o meu sorriso e à medida que sua boca ia abrindo meu coração ia se clareando. Meu espírito pulava num estado de êxtase profundo. Levei as mãos ao peito e sentia com meus dedos frios em contato com minha pele macia o coração pulsando cada vez mais forte. Era tanto sangue por segundo que minha pressão sanguínea aumentava de maneira incontrolável. Minhas pernas tremiam descompassadas. As pessoas do bar olhavam curiosos para nós dois. E, ainda olhando para seus olhos, eu disse tudo o que estava guardado em mim. Palavras que tentavam inutilmente descrever o que elas não dão conta. É tudo muito sublime e indizível. E, por mais que eu tenha usado todos os adjetivos para expressar o que eu sentia, eles ainda se tornavam escassos para a definição do real sentido da coisa, entende? Seus olhos brilhavam para mim, como duas grandes estrelas do céu. Esse gesto me deixou mais louco ainda. Minhas pernas tremiam mais do que eu conseguia segurar. Meu sorriso era maior que a minha boca e esse sentimento que se chama amor queria transbordar, porque era muito maior do que eu dava conta de imaginar. Muito maior do que eu. Muito maior do que tudo que eu já senti na vida. Sorriu pra mim novamente me desarmando mais ainda. Peguei a sua mão, coloquei no meu peito e disse, acompanhando o ritmo das batidas do meu coração que soletravam em código morse todo um amor que havia nascido ali dentro, o quanto amava. Disse-lhe o tanto que prezo esse amor, o tanto que prezo os corações e acrescentei ainda a fragilidade do meu. Um coração doce, como que recheado de creme de amendoim, que muito já sofreu por amor, que muito acreditou que não se recuperaria, mas que estava ali agora, puro, intacto e completamente preenchido. Foi então que eu disse:
- Está sentindo esse coração? Então, ele é o meu maior tesouro. E esse tesouro quer você. Você quer ficar com ele? Quer namorar comigo?

Coloquei a mão no bolso e tirei uma caixinha com duas alianças de prata com nossos nomes gravados. A gente se abraçou, forte. Muito forte. Eu estava num estado completo de felicidade e emoção. A gente se beijou. Um beijo apaixonado, o mais perfeito de todos.

Pegou minha mão, que ainda tremia muito, e colocou uma das alianças no meu dedo. Fiz o mesmo. Sorrimos um para o outro. Os olhos brilhavam mais do que tudo que reluz. A felicidade dominava todo o meu astral.


-Eu te amo!
-Eu te amo, muito!

E nos beijamos mais uma vez.

2 comentários:

  1. Gostei do texto ^^ palavras simples e profundas, gosto de textos assim. Beijos.

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  2. Obrigado moça! :)
    Muito obrigado mesmo!
    Beijos.

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